22/05/2009



Os trabalhos de Ezequiel e os Profetas da Ecologia

por Ezequiel Pavelacky

Os trabalhos, como bolsista no Profetas da Ecologia I, começaram em abril de 2006, em um ambiente pouco propício para atividades de jardinagem, seja pela falta de infra-estrutura, pelo próprio lugar ou pela falta de sensibilidade das pessoas, que contribuíam para que o lixo tomasse praticamente todo o pátio, dificultando até mesmo a locomoção dentro do espaço do galpão.
Os primeiros dias no galpão se dividiram entre trabalhos nos banheiros, trabalhando com mosaicos nas paredes e nas mesas de reciclagem, substituindo pessoas que saiam de lá, para os mosaicos nos banheiros. Estes primeiros dias possibilitaram uma experiência de vida muito interessante, já que nas mesas partilha-se um bom pouco da vida pessoal com as pessoas que estão no coletivo. Fiz amigos e comecei o nosso projeto de ajardinamento do Profetas I.
O primeiro passo foi alocar os canteiros, definindo assim o espaço onde o lixo não “poderia” invadir. O fato interessante, em si não é o canteiro, mas a consciência do canteiro, que e deve ser criada ao longo do tempo, através da educação das pessoas para a realidade do canteiro, aprendendo assim a respeitar o fato de ele estar ali.
Durante um tempo, enquanto não tínhamos material para fazer os canteiros, foi trabalhado nos banheiros, com mosaicos, alguns trabalhos de infra-estrutura como dutos elétricos e hidráulicos.
No momento em que foi conseguidos composto e solo para preencher os canteiros, começo a busca por mudas que, contando com alguns erros de inexperiência foram plantadas nos locais onde havia sido preparado o solo. Então começa um processo de conscientização das pessoas para que respeitassem os espaços onde as flores estavam plantadas, não jogando lixo e resíduos do galpão sobre elas. Este trabalho ainda é algo que caminha, a passos lentos, mas caminha, sem isso todo trabalho que se tenta fazer, é vão. O fato de “educar as pessoas” e ser educado pela realidade , se encarado com uma boa dose de paciência, é muito proveitos para a formação de um novo estilo de ser social, que tenta melhorar a situação, mas não agride as pessoas que estão vivendo a realidade em questão.
Após algum tempo de relativa calma nas atividades, com tudo transcorrendo dentro da normalidade, regando plantas, buscando novas espécies, tentando fazer mudas de trepadeiras, surgiu a demanda de adequar o galpão, onde esta funcionando a reciclagem no momento, para receber uma fábrica de papel reciclado, para isto se teve de transferir a reciclagem para um prédio em frente, e após começar as modificações no prédio. As mudanças foram referentes principalmente à parte elétrica e hidráulica, que não atendiam as necessidades das novas atividades.
Vale lembrar neste relato, as atividades decorrentes das preparações para o SEURS, em Rio Grande, para o qual fomos convidados pela PROREXT para participar, e o salão de extensão da universidade, onde se procurou apresentar as nossas ações, valorizando a relação com as pessoas do galpão onde desenvolvemos nosso trabalho.
Depois desta faze conturbada, voltou-se aos canteiros, e alguns trabalhos nos banheiros, como mosaicos, pintura e instalação de equipamentos de descarga.
As ultimas ações realizadas pelo grupo foi o termino dos banheiros, e a contruçao de estrutura de trabalho para o galpão, como a gaiola um armazém para os fardos de material separado. Ainda foi começada uma mini estufa, que já conta com cento e cinqüenta plantas,com o intuito de testar a produção de mudas, as quais são requisitadas pelas mulheres do coletivo. Ah, e regas freqüentes...